segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Acampamento


Dia 6 de setembro foi feriado aqui, o Labor Day, o dia do trabalhador que pra gente é em maio.

Nesse mesmo final de semana a cidade lotou porque veio gente de todo lado assistir jogo. Inacreditável, as pessoas vieram até aqui para assistir o time da Universidade jogar. Montaram barraca, trailer e ficaram perto da Universidade. Eu nem fui nesse jogo, mas no próximo eu tenho de ir porque quero conhecer o futebol americano. Estou assistindo na TV e entendendo um pouco ainda.

Agora o momento cômico, eu estava conversando com a vizinha da Judy falando a respeito do Brasil que aí é quente, mas tem praias. Praia em inglês é beach. OK! Mas se você prolongar um pouco o beeee da palavra beach vira puta(bitch) em vez de beach(praia). Já tinham me falado disso, mas na hora eu prolonguei sem querer e demos muitas gargalhadas.

Blanchard Cavern
Na mesma semana do feriado, eu fui jantar na quinta-feira na casa da Judy e foi bem legal. A casa dela fica num lugar grande com lago então é normal encontrar algum animal, mas o que eu não contava era que o cachorro dela estivesse com uma cobra na boca. Quase morri do coração quando eu a vi com a cobra na mão e a filha dela, a Grace ainda fazendo carinho. Mas aí ela foi pro mato devolver a cobra. Fala sério!!!
Depois do jantar foi bem legal, a filha dela tocou piano e Beethoven, dá pra imaginar? Lindo né, já fui à ópera mas ninguém nunca tocou piano só pra mim e tão de perto assim.
No dia seguinte, numa sexta-feira a Aruna tinha chegado do Canadá. Ela foi pra Vancouver no feriado porque o filho dela que mora em Kansas vai se casar com uma moça que a família dela mora em Vancouver, então eles foram lá formalizar o pedido. A Aruna está toda feliz, uma fofa.
Como ela chegou do Canadá, ela me chamou para ir lá jantar e assistir filme, uma comédia: Date night. Voltei pra casa pra dormir porque no dia seguinte, a gente foi acampar. O lugar chama Blanchard.
Esse Blanchard é um parque que tem caverna. Primeiro, acampar aqui tem logicamente facilidades. Tem banheiro com água quente, tem energia elétrica, sem contar que a gente leva a barraca (você joga no chão e ela está pronta, um sacrifício!), um colchão pra acampar, um pequeno aparelho para encher o colchão, um saco de dormir para suportar baixas temperaturas , uma panela elétrica, churrasqueira elétrica. Todo o conforto no meio do mato!!!
Aqui vende muitas coisas só para camping. Aqui o pessoal acampa bastante.
Ok, fomos então a caverna. Primeiro que a caverna tem acessibilidade. Para chegar lá, descemos o equivalente a um prédio de 25 andares, mas descemos de elevador.
Nossa, a caverna é fria e úmida. Eles fizeram algumas mudanças na caverna, tem um caminho para o pessoal andar, por isso realmente qualquer pessoa pode visitar. Tem umas estruturas lindas. Andamos dentro dessa caverna mais ou menos umas duas horas porque a gente parava para ouvir as explicações do guia. Tem até um espaço para sentarmos. A caverna é toda iluminada estrategicamente, então a gente vai andando e o guia ia acendendo os pontos, Fantástico. Tem um lugar que ele acendeu uma luz azul e a formação geológica era como fios de cabelos caindo, mas bem grosso. Quando ele acendeu a luz, parecia uma cena do filme Avatar com efeitos especiais.  O povo que tem imaginação, viu!
Saímos da caverna e pegamos um ônibus para voltar.
Fomos também a um lago e pegamos um boat com motor para dar umas voltas. Eu fiquei me achando pilotando né...hahaha. O boat nem era grande, mas foi bem agradável.
Voltei de lá quebrada de cansaço, mas a gente estava fazendo as contas. Olha isso: Esse parque em Blanchard fica a 250 quilômetros daqui da minha casa. É a mesma distância de Campinas a Ribeirão Preto. Ok. Sabe quanto nós gastamos? 20 centavos por quilômetro e não teve um pedágio sequer. Depois falam que brasileiro só quer viajar para o exterior. Mas qual é o incentivo que eles fazem para que viajarmos no Brasil?
E tem mais, sabe quanto custa viajar dos EUA para o Brasil, ida e volta? 1200 reais ida e volta, se você comprar nos EUA, é claro. E nós no Brasil pagamos no mínimo 1500 reais só a ida. Eu fico imaginando quanto que isso não tem de imposto, sei lá porque essa diferença.

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