A semana seguia normalmente, mas na quarta-feira (22/09) uma menina da África, Angeli fez aniversário e me chamaram para comer um bolo rápido. Eu pensei que a Angeli falasse português, a parte que ela mora na África foi colonizada por franceses, então ela fala francês. O bolinho foi rápido mesmo, como as paradas que a gente costuma fazer no Brasil durante o trabalho. Só teve bolo mesmo.
O mais interessante é que uma das convidadas, a gente estava em 10 mais ou menos, não quis comer bolo e falou que ia tomar sorvete. A July pegou o sorvete e deu para menina e nem nos ofereceu por educação. Sem contar que não teve nada para beber, nem água. A Beth simplesmente abriu a geladeira, pegou suco para ela, tomou, não ofereceu a ninguém e guardou.
Fiquei boba!!! E isso não é falta de educação para eles não.
Fora que chegou uma menina no laboratório a July perguntou a ela? Você tem hora marcada comigo? E a menina respondeu? Eu só estou esperando o fulano.
Que finíssima ela né!?
Eu já percebi isso na casa da Aruna. De sobremesa, tinha cookie e ela colocou na mesa o número exato correspondente a mim, ela e o marido. Depois ela disse, tem mais um, você quer? Quando te convidam pra jantar é assim, um para cada um. Se sobrar, oferecem se alguém quer comer mais um.
Semana passada fiquei em casa e peguei outro filme para assistir, mas esse é muito bom. É romance, “Meu nome é Khan”. É a história de uma indiana que se casa com um mulçumano e vivem nos Estados Unidos sofrendo com os preconceitos das pessoas que acham que todo mulçumano é terrorista. Esse filme mostra bem o que os estrangeiros passam aqui. Você precisa a todo momento demonstrar que você não está errado, mostrar que você é capaz.
Eu percebo isso até nos reality shows aqui. Tem reality show pra tudo também. Massacram os participantes, uma pressão terrível. O Roberto Justus é um doce perto deles. Quando os participantes algo não muito bom, mesmo porque não é todo dia que estamos inspirados, os juízes inferiorizam as pessoas demais.
Falando em TV, agora a CNN está exibindo uma série de documentários “Latinos na América”. Não preciso nem dizer que eles só mostram os latinos perdidos aqui. Mostraram a história de um menino muito pobre recém chegado da Republica Dominicana, e que veio viver na casa de uma mulher muito simpática da Republica Dominicana também. Mostra o desafio de lidar com a língua nova, com a vida nova. Tudo diferente. Mostram os lugares na cidade em que a cultura latina se instalou como um refúgio para matar a saudade do país. Isso não é uma negação a cultura dos EUA, é uma forma de matar a saudade. Mas os EUA não gostam disso aqui.
Acho que deveria mostrar também os latinos que se deram bem aqui, como a modelo Gisele. Ele está sempre na mídia aqui.
Outra que não sai da mídia é a Angelina Jolie, coitada. Nossa, direto ela está nas capas de revista sendo comparada com a Jeniffer Aniston. Dá até raiva de tanto ver isso aqui. Nossa, não param de comparar as duas. Por quê o Brad ficou com a Angelina? Por quê a Jeniffer não tem filhos? Nossa, eles enchem o saco, definitivamente.
A patricinha Paris Hilton é outra que não para, vive armando festas e se metendo em encrenca direto por aqui. Quem segura essa loira milionária?
Outra coisa adivinhem quem está lendo nossa amiga Susan Linn? Minha amiga Judy! Hehehe. Mas ela não está lendo Crianças no consumo. Ela está lendo "Faça o Possível" e disse que está gostando.
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