segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Sobre a Universidade


University of Arkansas

Agora vou falar da Universidade. As aulas começaram só dia 23 de agosto porque as férias que eles tiveram aqui é a principal. É como a nossa de dezembro no Brasil. A Universidade tem 20 mil alunos e tem um clima parecido com o das universidades públicas. O pessoal só estuda mora perto e aproveita a Universidade. Aqui tem um espaço bem legal dos alunos, chama-se Student Union. Lá tem teatro, cinema, galeria, espaço para estudo, café, restaurante, duas bookstore, é um espaço dos alunos e por sinal bem organizado.

Falando em bookstore, todo lugar que você vai aqui, tem alguém com uma camiseta ou short escrito Arkansas, University of Arkansas, as pessoas idolatram a universidade. Compram adesivos para colocar no carro, as placas dos carros tem o mascote (um porco) da universidade, é bem legal de ver.

Ao lado da escola do curso de inglês tem uma bookstore. Adivinhem o que eu comprei? In cold blood by Trumam Capote (A sangue frio). A leitura tem sido bem complexa pra mim, mas parece muito bom. Por enquanto estou trabalhando em decifrar as palavras porque no inglês uma palavra significa muita coisa. Ele é até mais fino que o em português, tem 330 páginas.  Comentei sobre esse livro com a Judy até que ela começou a ler e gostou bastante. Até ela adorou e também disse que vou ter trabalho para ler, mas ela vai me ajudar nos termos que eu não souber. Olha que engraçado: ela foi pra Kansas nesse final de semana e aproveitou para ler o livro no caminho. Ela leu o livro no território certo...hehehe

Na escola não fiz grandes amigos porque não tem muitas atividades em grupo, é aula o dia todo, e as pessoas não falam muito inglês. Aqui o pessoal tava meio perdido no começo, a maior parte é da Arábia Saudita e são meninas novas que vieram com o marido. Então, elas usam aquele monte de pano que só aparece o olho. Não sei como as professoras conseguem entendê-las já que no inglês usa bastante a língua no meio do dente.

Fiquei sabendo de uma coisa. Na Arábia Saudita as pessoas não pagam imposto, então vocês pode imaginar que tem uma bando de árabe endinheirado aqui que tem carro e tudo. A maior parte deles vão fazer um ano de inglês e depois vão pagar pra fazer universidade aqui. A maior parte deles falam em árabe quando não estão no prédio da Universidade e isso não é bom.

Fiz amizade com uma menina da Tailândia. Ela chama Pear e tem 19 anos, mas é difícil entendê-la porque ela fala rindo. Tem um monte de gente do oriente como China, Japão, Malásia. Tem um pessoal da Rússia, da Turquia, uma Argentina, Peru, México, Síria e muitos árabes.

Aqui na Universidade as pessoas não podem fumar porque se te pegam pela primeira vez é advertência, na segunda, são 100 dólares de multa, na terceira, 200 dólares de multa e assim por diante.

Outra coisa no curso: Tivemos um dia de orientação, sobre horários e regras. O professor falou que a cada dia que você chegar 1 minuto atrasado corresponde a uma hora de atraso. Ele falava porque aqui é América time, América time, América time.

No dia seguinte a coordenadora que é Argentina começou a falar comigo e me perguntou a quanto tempo estou na América. Não perdi a oportunidade de responder que eu sempre estive na América. Eu disse: Brasil é América, Argentina é América. E ela me respondeu que isso é uma longa discussão. Para eles, nós estamos aqui no centro do Universo.

 Quanto aos brasileiros, além de mim, tem mais três. Uma de Minas, um de São Paulo e uma do Rio de Janeiro, mas caímos em salas separadas porque são no máximo 15 alunos por sala.

Os latinos aqui como uma da Colômbia, os brasileiros e os mexicanos não podem ver um latino que eles falam mais que eu...heheh. Aqui no apartamento tem uma moça que trabalha aqui e ela é filha de mexicano, ela tem traços latino e é bem legal. Estamos até vendo de sair um dia por aí. Tem uma rua aqui que se chama Dickson Street é o point à noite.

Outros latinos que conheci até agora são empregas domésticas, os garçons no café-da-manhã. Como dizia meu ex-professor de economia. O Brasil exporta faxineiros, garçons e importa presidente de banco, executivos...

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