domingo, 24 de outubro de 2010

Washington D.C. – despedida com chave de ouro




Logo de manhã, dia de eleições no Brasil, estava ansiosa para ver se os jornais noticiaram alguma coisa sobre as eleições. Sim, noticiaram. Na primeira página estava a dona Dilma toda sorridente. Eu achei a reportagem um pouco superficial, só falou sobre a Dilma porque ela é favorita e sobre a qual partido ela pertence e os entrevistados são pessoas que votam na nela. Faltou falar um pouco mais do Serra. Mas o interessante é que comentam que o Brasil vai sediar a Copa e as Olimpíadas e que é o nosso Brasil é um futuro gigante. Sou otimista, mas para o Brasil chegar lá ainda falta um bom tanto e precisamos pensar agora uma forma de otimizar esse caminho.
Continuando o passeio, lembrei-me que eu já havia lido um texto, aqui nos EUA mesmo, sobre a Biblioteca do Congresso e pensei em visitá-la, mas não fazia ideia do lugar. O mais engraçado é que o trem parou numa rua paralela e quando eu vi aquele edifício, pensei “O que será isso” e estava lá, Library of Congress, a maior biblioteca do mundo!
Primeiro que todos os museus em Washington oferecem visitas guiadas e de graça, segundo, essas visitas guiadas funcionam como uma aula de história e arte e, terceiro, são sempre lugares marcantes.
A Biblioteca do Congresso (Library of Congress) é a maior biblioteca do mundo, é a biblioteca de pesquisa do Congresso dos Estados Unidos e a instituição cultural mais antiga dos EUA, inaugurada em 1800.


Hall principal
 A Biblioteca do Congresso possui mais de 144 milhões de itens, incluindo materiais disponíveis em 470 idiomas. No acervo está incluído mais de 32 milhões de livros catalogados e outros materiais impressos em 470 línguas, mais de 61 milhões de manuscritos, a maior coleção de livros raros na América do Norte, incluindo o rascunho da Declaração da Independência, uma Bíblia de Gutenberg (um dos quatro únicos exemplares existentes), jornais abrangendo os três últimos séculos; 33.000 volumes de jornal vinculado; 500 mil bobinas de microfilmes; mais de 6.000 quadrinhos, 4,8 milhões de mapas, partituras, 2,7 milhões gravações de som, mais de 13,7 milhões de impressões e imagens fotográficas, incluindo peças de arte popular e desenhos arquitetônicos, o Stradivarius Betts, e os Stradivarius Cassavetti. Ufa!!!

Sala de leitura
A famosa Bíblia de Gutenberg está exposta num vidro e o guia investe um bom tempo explicando a importância dela, pois é um incunábulo (livro impresso nos primeiros tempos da imprensa com tipos móveis) impresso da tradução em latim da Bíblia, por Johann Gutenberg, em Mainz, também conhecida em português como Mogúncia. Calcula-se que ele tenha gasto cinco anos para produzir o feito.
Uma cópia completa desta Bíblia possui 1282 páginas, com texto em duas colunas; a maioria era encadernada em dois volumes.
Acredita-se que 180 cópias foram produzidas, 45 em pergaminho e 135 em papel. Elas foram impressas, rubricadas e iluminadas à mão em um período de três anos. Quem estudou um pouco da História do Jornalismo vai se lembrar de Gutenberg.
Além da rara Bíblia de Gutenberg, o acervo conta com o famoso Red book of Carl G. Jung - O Livro Vermelho, também conhecido como Liber Novus (latim para o novo livro), que é um manuscrito de 205 páginas, escrito e ilustrado pelo psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, aproximadamente entre 1914 e 1930, que não foi publicado ou apresentado ao público até 2009 porque os herdeiros de Carl proibiram seu acesso por conta de um desentendimento com Sigmund Freud em 1913, com quem Carl trabalhou por 5 anos.


Red Book of Carl G. Jung: mais uma raridade do acervo



Fiquei impressionada com a quantidade de raridades que esse acervo possui e com a preocupação em preservar tudo isso assim como os primeiros mapas produzidos nas grandes navegações, quando ainda não era possível mensurar a América Latina quando só a Europa era o centro do Universo.
Em breve eu volto para terminar de contar meu último dia em Washington D.C.

Próximo post: Newseum

3 comentários:

Anônimo disse...

This BLOG really shows a country view by a Brazilian journalist.

Mariana disse...

I am not journalist yet. Thank you!

Unknown disse...

uma biblioteca dessa no Brasil, teriamos para eternidade tiririca,sarney etc.etc...